Ortografia Oficial para Concursos 2024

A disciplina de Português está presente em praticamente 100% dos certames, sendo assim, neste artigo abordaremos a Ortografia Oficial para Concursos, com exemplos práticos e fáceis de entender!

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Além disso, veremos muitas curiosidades sobre o tema, seu uso, regras, bem como, questões para praticar.

Veja alguns concursos em que a Ortografia Oficial está presente no edital:

O que é a Ortografia?

A ortografia, vem do grego “orthos” que corresponde ao que é exato, correto; e “graphia” que significa escrever.

Portanto, podemos dizer que ortografia é a parte da gramática dedicada a estudar a escrita correta das palavras.

Assim, conhecer as regras gramaticais e praticar a escrita correta se faz necessário principalmente para quem vai fazer uma prova.

Quais são as regras da ortografia oficial para concursos?

Neste texto falaremos de algumas das principais regras da Ortografia, focando nas mudanças que ocorreram com a Reforma Ortográfica. Vamos lá!

1 – Alfabeto na ortografia oficial

O alfabeto é formado por 5 vogais (A, E, I, O U) e 21 consoantes (B, C, D, F, G, H, J, K, L, M, N, P, Q, R, S, T, V, W, X, Y e Z) totalizando 26 letras.

Vale ressaltar que após o Novo Acordo Ortográfico, sofreu uma alteração onde foram incluídas as letras “K, “W” e “Y”. Assim, as letras oficiais do Alfabeto passaram de 23 para 26.

Atenção: muitos concurseiros acabam caindo em pegadinhas das bancas com relação a essas 3 letras, mas agora você não errará mais.

Confira as três formas principais de utilização dessas letras:

  • Transcrição de nomes próprios estrangeiros e de seus derivados portugueses: Katy Perry, Nova York, Disney World, WhatsApp etc.;
  • Abreviaturas e símbolos de uso internacional: Kg (quilograma), W (Watt), Km (quilômetro) etc.;
  • Estrangeirismos (palavras “intrusas” no léxico português): backup, hardware, software, check-in etc.

2 – Acentuação

Um dos principais pontos na ortografia é quanto a utilização correta do acento. Para entender melhor é preciso saber para que serve a acentuação.

Pois bem, o acento de maneira geral serve para alterar o som de uma letra tornando, muitas vezes, uma mesma palavra com significado diferente. Veja alguns exemplos:

  • baba – babá
  • fabrica – fábrica
  • secretaria – secretária
  • coco – cocô

Com a reforma ortográfica algumas palavras tiveram seus acentos extintos como o caso das que:

  • possuem ditongo aberto (EI e OI) em palavras paroxítonas com a penúltima sílaba tônica. Exemplo: colmeia, boia, joia, ideia.
  • são paroxítonas e que tinham acento nas vogais I e U. Exemplo: feiura, bocaiuva, taoismo.
  • paroxítonas terminadas em EEM. Exemplo: leem, veem, creem, preveem.

Em resumo, os acentos podem ser definidos da seguinte maneira:

Ortografia Oficial para Concursos - acentos

Há ainda o acento Grave ou craseado que indica a ocorrência de crase. A seguir detalharemos melhor sobre este acento.

Leia também: Acentuação para Concursos 

3 – Uso da Crase

Quando nos deparamos com questões de crase numa prova de concurso público logo nossa cabeça entra em parafuso.

Sim, muitas vezes acaba sendo bem confusas as alternativas de uma questão sobre crase. Portanto, vejamos como sanar as dúvidas sobre este assunto.

Primeiramente, é importante saber que a ocorrência da crase é nada mais do que a junção da preposição “a” com o artigo “a”. Exemplo:

Vamos à loja para comprar roupas.

Veja no exemplo acima, que o verbo “Vamos” exige a preposição “a”, já o substantivo “loja” exige o artigo feminino “a”.

Sendo assim: Vamos “a” + “a” = Vamos à loja para comprar roupas.

Como não existe a palavra “aa”, usa-se a crase para designar essa junção entre a preposição e o artigo.

Dica de concurseiro: Para conferir, basta que você substitua o substantivo por uma palavra masculina, veja:

Vamos ao shopping.

Neste caso, temos a preposição “a”, porém temos o artigo masculino “o”.

Por fim, a crase também pode ser utilizada quando os pronomes demonstrativos “aquele”, “aquela” e “aquilo” exercem função de complemento exigindo a preposição “a”:

Devo obedecer àquilo em que acredito.

4 – Uso dos Porquês

Outro assunto que gera dúvida aos estudantes é quanto a utilização correta dos “porquês”. De forma bem resumida vejamos como utilizar corretamente:

Ortografia Oficial para Concursos

5 – Mal ou mau

Vamos tratar de mais uma questão muitas vezes confusas, porém ficará de fácil entendimento a partir de agora.

De forma bem simples:

  • MAU = é o oposto de BOM
  • MAL = é o oposto de BEM

Dessa maneira, basta substituir nas frases “mau” ou “mal” por “bom” ou “bem” e, então confirmar o uso correto da palavra. Vejamos alguns exemplos:

⇒ Exemplo 1 – O motor do carro apresentou um mau desempenho.

Tirando a prova: substituindo por “bom” ficaria – “O motor do carro apresentou um bom desempenho.”

⇒ Exemplo 2 – Carlos é um bom funcionário.

Tirando a prova: substituindo por “bom” ficaria – “Carlos é um mau funcionário.”

⇒ Exemplo 3 – Maria Clara fez uma tarefa mal feita.

Tirando a prova: substituindo por “bem” ficaria – Maria Clara fez uma tarefa bem feita.

⇒ Exemplo 4 – Mal chegou do trabalho e já foi dormir.

Tirando a prova: substituindo por “bem” ficaria – Bem chegou do trabalho e já foi dormir.

6 – Palavras parônimas e homônimas

Antes de tudo devemos enfatizar que esses dois conceitos geralmente são muito cobrados em concursos e acabam sendo confusos para os concurseiros.

Contudo, falaremos de forma resumida do que se tratam esses temas:

  • Homônimas:
    • são palavras que têm a mesma pronúncia, porém com significados diferentes. Exemplos: conserto (correção, refazer algo) e concerto (apresentação); são (do verbo ser e sadio); ser (verbo e substantivo).
  • Parônimas:
    • são palavras com pronúncia e grafia semelhantes mas significados diferentes. Exemplos: deferir (acatar) e diferir (adiar); tráfico (comércio) e tráfego (trânsito); flagrante (evidente) e fragrante (aromático).

Ortografia Oficial para Concursos 2022

Como dominar a Ortografia Oficial?

Não existe uma fórmula mágica para dominar a Ortografia Oficial, porém recomendamos que leia muito e leia sempre.

A rotina de leitura melhora nosso vocabulário e consequentemente nossa escrita. Contudo, mesmo sendo um escritor afinco conhecer a escrita correta pode ser um desafio.

Portanto, para nos auxiliar existem ferramentas online onde podemos pesquisar a escrita correta das palavras.

Uma delas e, diga-se de passagem bastante conhecida, é o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), da Academia Brasileira de Letras.

Ademais, o Volp possui mais de 382 mil verbetes com as respectivas classificações gramaticais, entre outras informações.

Dessa maneira, para consultar a grafia de uma palavra basta acessar o site Volp, depois digitar a palavra ou parte dela no espaço indicado, e os verbetes serão mostrados, veja um exemplo:

Ortografia Oficial para Concursos

Técnicas específicas para acertar questões de ortografia

Vejamos, agora, dicas valiosas com técnicas específicas para você avançar ainda mais na ortografia:

  1. Desenvolva um “Diário de Palavras Problemáticas”: Toda vez que errar a escrita de uma palavra, escreva-a corretamente junto com a sua definição e uma frase para contextualizar. Isso ajuda o cérebro a associar a palavra ao contexto, facilitando a memorização. Exemplo:
    • “Exceção: abertura para uma regra; uso: ‘Toda regra tem uma exceção’.”
  2. Divida as Palavras em Blocos Fonológicos: Essa técnica auxilia na memorização da estrutura de palavras mais complexas. Ao separar palavras em blocos, fica mais fácil identificar sua grafia. Exemplo:
    • “Intermitente” pode ser separado em inter-mi-ten-te.
    • “Autossuficiente” em au-to-s-sufi-cien-te.
  3. Use a Técnica da Repetição Espaçada: Aplicativos como o Anki ou Quizlet, que utilizam essa técnica, podem ajudar. Neles, você cria flashcards das palavras que mais erra. Esses aplicativos fazem as palavras voltarem para revisão em intervalos estratégicos, facilitando a memorização a longo prazo.
  4. Lembre-se das Regras de Derivação e Formação de Palavras: Muitas palavras derivadas seguem o mesmo padrão ortográfico. Exemplo:
    • Palavras terminadas em “-eja” ou “elo” (como “cervejeiro” e “cabeleireiro”, respectivamente) seguem um padrão. Conhecendo uma, fica mais fácil lembrar das outras. Esse padrão se aplica a vários grupos de palavras, como “-ário” (bibliotecário, voluntário, secretário).
  5. Tenha Atenção aos Sufixos e Prefixos: Prefixos como “super-”, “sub-”, e “auto-” exigem atenção ao hífen. Por exemplo, “super-homem” e “sub-bibliotecário” mantêm o hífen quando o prefixo termina com a mesma letra que a palavra seguinte começa. Criar listas de palavras comuns que seguem essa regra ajuda a lembrar.
  6. Use Rimas e Associações Mnemônicas para Palavras Parecidas: Muitas palavras causam confusão por serem semelhantes foneticamente (homófonas). Por exemplo:
    • Para lembrar de “sessão” (evento) e “seção” (departamento), associe: Sessão de cinema é um evento especial. Seção tem “c” de setor. Essas associações podem parecer simples, mas o cérebro retém bem esse tipo de “pistas”.

Leia também: Seção e Sessão – qual a forma correta de escrever

Questões de Ortografia para Concurso

Agora, vamos treinar um pouco com as questões gabaritadas e comentadas logo abaixo:

Questão 1

(FGV) – Assinale a frase em que se comete um erro de grafia.

(A) A seção em que trabalho é a mais procurada.
(B) A adolescência é uma fase difícil.
(C) Essas coisas nunca passam despercebidas.
(D) Nunca mais vi aqueles facínoras.
(E) Chegaram as encomendas atravez do correio.

Resposta correta: letra E
Comentário da questão: a alternativa E apresenta a grafia da palavra “atravez” incorreta quando o correto seria “através” com “s” e acento agudo no “e”.

Questão 2

(VUNESP) –  Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas.

(A) Um parecer abalisado deve ser solicitado afim de dirimir as dúvidas.
(B) Pode-se considerar excessão haver processos paralizados nesse setor.
(C) O solo excessivamente umidecido não favorece o plantio desse tipo de milho.
(D) Não se considera privilégio o bônus, já que é concessão por mérito.
(E) Desafetos desde a juventude, os parlamentares se degladiam durante as seções da Câmara.

Resposta correta: letra D
Comentário da questão: o que podemos notar é que somente na alternativa D todas as palavras estão escritas corretamente.
Vamos analisar as demais alternativas:

(A) Um parecer abalisado deve ser solicitado afim de dirimir as dúvidas.
corrigindo: Um parecer abalizado deve ser solicitado a fim de dirimir as dúvidas.

(B) Pode-se considerar excessão haver processos paralizados nesse setor.
corrigindo: Pode-se considerar exceção haver processos paralisados nesse setor.

(C) O solo excessivamente umidecido não favorece o plantio desse tipo de milho.
corrigindo: O solo excessivamente umedecido não favorece o plantio desse tipo de milho.

(E) Desafetos desde a juventude, os parlamentares se degladiam durante as seções da Câmara.
corrigindo: Desafetos desde a juventude, os parlamentares se digladiam durante as seções da Câmara.

Questão 3

(FGV) – A frase que serviu de base para a elaboração da questão desta prova foi retirada do “Dicionário das Citações” de Ettore Barelli e Sergio Pennacchietti.

“Convém, a quem nasce, muita cautela na escolha do local, do ano e dos pais.”

O verbo “nascer” é grafado com SC; a palavra abaixo que também deveria ser escrita com essas letras é:

(A) docente;
(B) indecente;
(C) fluorecente;
(D) precisão;
(E) concisão.

Resposta correta: letra C
Comentário da questão: sem sombra de dúvida, a palavra que precisa ser grafada com SC é “fluorescente”, enquanto que as demais alternativas estão grafadas corretamente.